Navegar numa canoa a remo, sem recursos da tecnologia como mapas, GPS, ou mesmo meios de comunicação pode parecer loucura. Para muitos, na verdade, esse é o sentimento preponderante, mas para Aladir, não. O velho segue seu destino (ou missão?) buscando respostas espirituais, levando sua amizade e sentimentos de outras dimensões aos ribeirinhos e índios. Faz palestra em escolas simples em meio a povoados ilhados pela floresta. Para ele a consciência e respeito pela natureza são fatores indispensáveis para salvar a humanidade que caminha em direção à sua auto-destruição. Na sua lida de navegar, tem poucas preocupações. Alimenta-se de peixes, frutas e outros poucos víveres adquiridos em armazens de cidades ribeirinhas.Esse aventureiro é um ser especial. Não teme a solidão e nem os desafios de toda espécie. É capaz de firmar seus sentidos e entender mensagens sopradas pelo vento, pela correnteza das águas e até conversar coma lua a as estrelas.
Seus amigos estão em todas as partes: no vôo rasante de um pássaro, no piar do mocho quando a noite começa a cair, na movimentação dos peixes ao redor da sua canoa.